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Como Garantir Sua Aposentadoria com Educação Financeira

Atualizado: 3 de jul.

Jovem sentado à mesa analisando um plano de aposentadoria com papel, calculadora e caderno.
Jovem reflete sobre seu futuro financeiro e a importância do planejamento para a aposentadoria.

Publicado em 20/06/2025

Por Silvia Alambert Hala (@silviaalambert_edufin)


Aposentar-se com tranquilidade — esse é um sonho comum - que, infelizmente, está cada vez mais distante para milhões de pessoas no Brasil e no mundo.


O que antes parecia um direito quase automático, hoje se mostra uma conquista que depende de planejamento, disciplina e, principalmente, de educação financeira desde cedo.


A dura realidade: não haverá aposentadoria para todos


De acordo com um relatório da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico), os sistemas públicos de aposentadoria estão sob forte pressão em diversos países. No Brasil, segundo dados do IBGE, cerca de 47% da população economicamente ativa não contribui com o INSS — o que significa que quase metade dos trabalhadores pode chegar à velhice sem qualquer benefício previdenciário formal e, mesmo quem contribui, está longe de ter segurança garantida.


Segundo um levantamento da FenaPrevi (Federação Nacional de Previdência Privada e Vida), mais de 80% dos brasileiros esperam contar com o INSS para se aposentar, mas menos de 20% acreditam que o valor será suficiente para manter seu atual padrão de vida.


Na prática, o valor médio das aposentadorias no Brasil gira em torno de R$ 1.800, segundo dados do próprio INSS (2023). Para quem hoje vive com um custo mensal muito acima disso — especialmente em grandes centros urbanos — essa quantia mal cobre o básico: moradia, alimentação, medicamentos e transporte.


Essa realidade não é só brasileira. Nos Estados Unidos, por exemplo, uma pesquisa da Northwestern Mutual (2022) revelou que dois em cada cinco norte-americanos acreditam que nunca conseguirão se aposentar e 60% afirmam que seu principal medo financeiro é “ficar sem dinheiro” durante a velhice.


Na Europa, o envelhecimento da população e a queda na taxa de natalidade tornam os sistemas previdenciários insustentáveis no longo prazo, exigindo reformas constantes e postergação da idade mínima de aposentadoria.


Por que, então, a maioria ainda ignora o planejamento financeiro e, apesar dos alertas, poucas pessoas estão se preparando para esse cenário?


Um estudo do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) mostrou que apenas 21% dos brasileiros guardam dinheiro pensando na aposentadoria.


Entre os jovens, esse número é ainda menor. Muitas vezes, por acharem que a aposentadoria está “longe demais” ou por falta de acesso à educação financeira na escola ou na família. Isso cria um ciclo onde o tempo — o maior aliado do investimento — é desperdiçado por falta de consciência.


A falta de cultura de poupança e investimento, aliada ao consumismo incentivado pela sociedade, impede que muitos enxerguem a necessidade de pensar no futuro desde cedo.


Educação financeira é mais do que aprender a fazer contas: é sobre tomada de decisões conscientes, autoconhecimento, prioridades e escolhas que impactam o presente e o futuro.


Em países como a Finlândia e a Austrália, por exemplo, a educação financeira faz parte do currículo escolar — e os jovens saem da escola sabendo poupar, investir e planejar.


No Brasil, apesar de avanços como a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), que prevê a inserção da educação financeira de forma transversal, ainda falta formação para professores, materiais adequados e políticas públicas que realmente incentivem essa transformação.


Sem esse conhecimento, famílias continuam reproduzindo comportamentos financeiros frágeis, e os jovens crescem sem ferramentas para construir sua liberdade no futuro.


Atividade Reflexiva: Sua Vida em Perspectiva


Esta atividade pode ser feita individualmente por adolescentes, jovens ou adultos. É simples, mas poderosa para provocar consciência e ação.


Pegue papel e caneta (ou use o bloco de notas do celular). Divida sua folha em quatro partes e responda:


  1. Como você imagina sua vida daqui a 5 anos?


    1. Onde vai morar? O que estará fazendo? Vai estar estudando, trabalhando? Como estará sua saúde e sua vida financeira?


  2. Como você se imagina em 10 anos?


    1. Vai ter família? Filhos? Quais conquistas terá alcançado? Como estará sua renda mensal? Vai estar pagando ou investindo?


  3. E em 30 anos?


    1. Vai querer estar trabalhando ainda? Se não, como vai se sustentar? Terá patrimônio? Previdência? Renda passiva?


  4. Agora, reflita com sinceridade:


    1. O que você está fazendo HOJE para construir essa realidade que deseja?

    2. Se continuar exatamente como está agora, você chegará lá?

    3. Se não, o que precisa mudar?


Lembre-se: O futuro não espera — e ele chega mais rápido do que imaginamos


Comece hoje. Incentive os jovens ao seu redor a fazer o mesmo. Cada passo importa.


 Educação financeira transforma destinos. Quanto mais cedo, melhor.

Silvia Alambert Hala é mãe, empreendedora educacional, cofundadora da www.creativewealthintl.org, empresa que atua no desenvolvimento de programas de educação financeira para crianças e jovens e treinamento de multiplicadores dos programas no Brasil e em diversos países há cerca de 20 anos, palestrante Tedx São Paulo Adventures, coautora do livro “Pai, Ensinas-me a Poupar” (editora Rei dos Livros, Portugal), educadora financeira de crianças, jovens e suas famílias.


RadiumWeb e Creative Wealth Internacional firmaram uma parceria colaborativa para fornecer educação financeira abrangente para brasileiros em todo o mundo.

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