Inflação Pessoal: Entenda Por Que a Sua Inflação é Diferente da Oficial
- Ricardo São Pedro
- 9 de mai.
- 2 min de leitura

Por Ricardo São Pedro
Inflação Pessoal: Entenda Porque a Sua Inflação é Diferente da Oficial
Você já se perguntou por que a inflação anunciada nos noticiários parece não refletir o que você sente ao fazer compras ou pagar as contas do mês? Isso acontece porque existe uma diferença entre a inflação oficial e a inflação pessoal, que impacta diretamente o seu bolso.
O Que é a Inflação Oficial?
A inflação oficial é calculada por órgãos como o IBGE, com base em uma cesta de produtos e serviços consumidos por uma família "padrão" brasileira. Esse índice é fundamental para decisões econômicas, como:
Ajuste da taxa Selic;
Reajustes salariais;
Políticas públicas e sociais.
Porém, como é uma média, ela não representa fielmente a realidade de cada pessoa.
Inflação Pessoal: A Inflação que Você Realmente Sente
A inflação pessoal varia de acordo com o perfil de consumo de cada indivíduo ou família. Se você gasta mais com alimentos e eles subiram 15% no mês, você sentirá um impacto maior do que alguém que gasta mais com serviços que não variaram tanto.
Cada um tem uma "inflação própria", determinada pelos seus hábitos de consumo.
Alimentação Pesa Mais para Quem Tem Menor Renda
Em famílias de baixa renda, os gastos com alimentação representam uma parte maior do orçamento. Um aumento de 10% no preço da cesta básica pode significar:
Um aperto no orçamento;
Dificuldade em manter a mesma quantidade ou qualidade dos alimentos;
Necessidade de cortar itens essenciais.
Ajustes Nem Sempre São Possíveis
Quando os preços sobem, o ideal seria:
Comprar menos;
Trocar por marcas mais baratas;
Eliminar supérfluos.
Mas quem vive no limite não tem margem para cortes, e isso leva ao uso frequente do cartão de crédito, parcelamentos e até empréstimos.
O Perigo do Endividamento por Falta de Planejamento
Ignorar a inflação pessoal e manter o mesmo padrão de consumo pode levar a:
Acúmulo de dívidas;
Uso inconsciente do crédito;
Perda do controle financeiro;
Crescente risco de inadimplência.
Educação Financeira é a Melhor Defesa Contra a Inflação
Mesmo com renda limitada, é possível reduzir o impacto da inflação pessoal com:
Planejamento financeiro;
Controle de gastos;
Definição de prioridades;
Negociação de preços;
Acompanhamento do orçamento familiar.
A educação financeira é essencial para resistir aos efeitos da inflação real que cada um enfrenta.
Acompanhe a Sua Inflação, Não Apenas a Oficial
A inflação oficial é uma média — mas a sua inflação é única. Ela está nos preços que você paga todos os dias. Por isso:
Acompanhe seus próprios gastos;
Mantenha o controle do orçamento;
Tome decisões financeiras conscientes.
Entender e lidar com a sua inflação pessoal é o primeiro passo para manter a saúde financeira, mesmo em tempos de instabilidade econômica.
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