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Brasil em Dados: A Estagnação da Educação Básica no País Segundo o IDEB

Mais de uma década sem avanços significativos: o que os números do IDEB revelam sobre a qualidade do ensino público no Brasil?


Sala de aula vazia em escola pública, simbolizando os desafios da educação no Brasil.
Desigualdades e estagnação: o retrato da educação básica brasileira revelado pelo IDEB.

Publicado em 05/07/2025

Por Ricardo São Pedro (@radiumweb)


O que é o IDEB?


O IDEB (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) é a principal ferramenta usada no Brasil para medir a qualidade da educação pública. Ele combina dois fatores:


  • O desempenho dos alunos em Língua Portuguesa e Matemática, por meio de avaliações padronizadas.

  • A taxa de aprovação escolar, ou seja, a proporção de alunos que avançam de ano sem repetência.


O objetivo do índice é simples: mostrar se os estudantes estão aprendendo o que deveriam e se estão conseguindo avançar na trajetória escolar.


Os dados mais recentes: IDEB 2021


Segundo os números divulgados pelo INEP, o último IDEB (com base em dados de 2021) revelou um cenário preocupante:


  • Ensino Fundamental – Anos Finais (6º ao 9º ano): média nacional de 4,9, mesmo índice obtido em 2019.

  • Ensino Médio: média de 4,2, abaixo da meta estipulada (5,0) e sem avanço desde 2015.


Além disso, os dados mostraram uma estagnação nos anos iniciais do Ensino Fundamental (1º ao 5º ano), com resultados que já haviam atingido um platô em anos anteriores.

As desigualdades regionais persistem


O IDEB também escancara as diferenças entre as regiões do país:


  • Enquanto escolas de estados como São Paulo e Santa Catarina apresentam notas acima da média nacional,

  • Estados do Norte e Nordeste, como Alagoas, Amapá e Maranhão, continuam com índices muito abaixo do desejável, revelando a persistência da desigualdade educacional no Brasil.


O que está por trás dos números?


Os principais problemas apontados por especialistas incluem:


  • Baixo investimento em formação de professores.

  • Infraestrutura escolar precária.

  • Ausência de políticas de valorização da carreira docente.

  • Descontinuidade das políticas públicas entre gestões.


Além disso, o impacto da pandemia agravou ainda mais as dificuldades, com milhões de alunos sem acesso pleno a aulas remotas ou materiais de apoio durante os anos de isolamento.


Por que isso importa?


A educação é a base do desenvolvimento de qualquer país. Jovens que saem da escola sem aprender o mínimo necessário têm:


  • Menores chances de conseguir um bom emprego.

  • Mais dificuldade para continuar os estudos.

  • Risco aumentado de exclusão social e econômica.


Uma educação estagnada compromete o futuro de toda uma geração — e, por consequência, o futuro do Brasil.


O que pode ser feito?


Melhorar os indicadores do IDEB exige compromisso político e social. Entre as principais medidas que podem mudar esse cenário estão:


  • Valorização e formação contínua dos professores.

  • Melhoria da infraestrutura escolar.

  • Políticas de permanência e combate à evasão escolar.

  • Apoio às famílias e ações voltadas ao reforço da aprendizagem.


Mas também é papel de cada cidadão cobrar dos governantes prioridade real para a educação, com metas claras e acompanhamento efetivo.


Fontes:


  • INEP – Resultados do IDEB 2021

  • Todos Pela Educação – Análise crítica do IDEB

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